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Representações da Semiótica no Design

  • Foto do escritor: Renato Ferreira Pedroso
    Renato Ferreira Pedroso
  • 12 de mai. de 2017
  • 3 min de leitura

Olá meus amigos, mais uma vez estamos aqui para falar sobre mais um papo cabeça! A semiótica. Vamos lá?

“A ênfase dos estudos semióticos está colocada na PRODUÇÃO de significados, partilhados nos processos de CRIAÇÃO, PERCEPÇÃO e interpretação de signos gerando a SIGNIFICAÇÃO/semiose.” – (Luiz Antonio L. Coelho)

No meu primeiro post nós vimos sobre a representação das formas em seus diversos pontos que a constituem (Gestalt), a semiótica ou semiose está mais relacionada com a capacidade de compreender as mensagens de maneira mais direta, podemos dizer que a semiótica é a continuação do processo mental da gestalt, o estágio seguinte de percepção.

A semiótica estuda as técnicas dos sinais que são transmitidos para representarem o que o observador precisa ver, dedicado ao estudo da interpretação de sinais através do sistema sígnico das Artes Visuais, Música, Fotografia, Cinema, Culinária, Vestuário, Gestos, Religião, Ciência, etc.

Antes de estudarmos mais sobre semiótica, vamos ver o que a constitui, assim poderemos saber melhor do que estamos falando. Até aqui já vimos que a semiótica é a ciência geral dos signos e da semiose, mas o que exatamente é um signo e a semiose? Bem, vamos por partes.

Os signos podem ser representados como intermediário entre a mente e o mundo, subjetividade com os fenômenos do mundo.

Segundo Peirce um signo pode ser dividido em três grupos diferentes, que são:

Ícone: referente à proximidade sensorial ou emotiva entre o signo e o objeto, um bom exemplo de um ícone pode ser visto em pictogramas que são imagens que representam algo de uma forma mais direta e precisa, que possui menos chances de ser interpretada erroneamente.

Símbolo: Mais abrangentes e conhecidos que os demais os símbolos são elementos essenciais na comunicação, exemplos de símbolo podem ser encontrados nos mais diferentes lugares, geralmente é ligada a uma associação de ideias.

Já a semiose é a ação deste signo, ou seja, o seu significado ou a produção de um significado.

Índice: um índice pode representar algo mais abrangente que o ícone, o índice pode ser visto como uma parte representada de um todo que tenha sido adquirido de alguma maneira anteriormente, ou seja, através de um indicio tiramos nossas próprias conclusões. Ex: onde a fumaça a fogo.

Uma marca possui uma configuração que é inserida em sua construção, construção essa que irá comunicar qualidades e características bem particulares de seu método de agir com os clientes e funcionários, em outras palavras, vai mostrar sua “cara”.

Essas características que são dadas pelo designer, precisam ser construídas dentro de uma expectativa de seu cliente, como gostos pessoais etc, mas a semiótica explica um lado que está além do simples desejo do cliente, e é deste lado que vamos falar agora. (Esta explicação pode ser aplicada não apenas as marcas, mas em qualquer conteúdo visual).

No momento em que algo é exposto aos olhos de alguém, esta exposição passa por alguns “filtros” até chegar a sua representação, estes filtros são: fisiológicos, culturais e emocionais, logo após passar por estes filtros é que a representação daquela expressão visual é enfim “encontrada” pelo seu observador, esses filtros por onde passam a informação podem variar de um indivíduo para outro, pois podem haver diferenças na acuidade visual na experiência individual, da motivação ao captar a mensagem e muitos outros fatores da percepção, e tudo isso pode gerar significados diferentes.

Isso nos mostra da importância na pesquisa de campo que deve ser feita pelo designer antes de projetar uma marca, e do conhecimento em símbolos para saber como expressar uma ideia, e em como transmitir sensações positivas para a marca que será exposta ao público. E este é o outro lado que deve ser visto e considerado antes de projetar uma marca, quais as metas, as exigências e limitações do cliente, se preocupando também, com características geográficas, temporais e sociais das pessoas que podem ser expostas as marcas (todos os tipos de valores, conhecimentos, cultura, religião, etc). Portanto quanto mais informações o designer tem de seu novo público (e os aplica) mais chances se tem de obter êxito em seus projetos.

Podemos concluir então que, semiótica é a área que estuda os significados e as representações que cada item tem para uma pessoa, significados estes que podem variar pela localidade ou experiências de vida da pessoa, mas tudo isso pode ser previamente pautado com pesquisas de campo.

Lucy Niemeyer no livro “Elementos de Semiótica” reforça isto dizendo: “Para que se efetive um processo de comunicação, é necessário que a mensagem tenha referências ao repertório que o interpretador partilha com o gerador.

“Essa manifestação semiótica confere à construção dos significados e, consequentemente, à apreensão dos efeitos que esses possam produzir, a comunidade exigida e desejada.” (Luiz Antonio L. Coelho)

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